1 de agosto de 2014

Universidade Nova de Lisboa começa em Agosto
investigação arqueológica na Tapada das Guaritas

Começam no próximo mês de Agosto os trabalhos para o Projeto de Investigação Plurianual em Arqueologia Povoamento rural alto-medieval no território de Castelo de Vide, dirigido pela investigadora Sara Prata do Instituto de Estudos Medievais da Universidade Nova de Lisboa.
O projeto decorrerá entre 2014 e 2017 e irá estudar os modos de vida das comunidades camponesas no território castelo-vidense entre os séculos V e XII.
Tendo como instituição de acolhimento o Instituto de Estudos Medievais da Universidade Nova de Lisboa, o projeto conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide, no âmbito do protocolo de cooperação científica estabelecido entre estas instituições no passado mês de Abril. 
Primeira escavação de 11 a 29 de Agosto
Entre os dias 11 e 29 de agosto realizar-se-á a primeira escavação arqueológica no sítio da Tapada das Guaritas (na freguesia de São João Batista). Esta intervenção contará com a participação dos membros do projeto de investigação, dos técnicos da Secção de Arqueologia e ainda alunos em formação da Universidade Nova de Lisboa, da Universidade Autónoma de Madrid e da Universidade Complutense de Madrid.
Necrópole com 3 sepulturas na rocha
Neste sítio da Tapada das Guaritas, local que também e conhecido como Vale dos Galegos, existe uma necrópole do período Medieval Cristão, um conjunto de 3 sepulturas escavadas na rocha, sendo uma delas de criança. O local fica a 1,5 km a Sul do km 6,250 da entrada de Castelo de Vide - Alpalhão e a 1,5 km SE do Monte do Vale da Manceba. Segundo a Direcção-Geral do PAtrimónio Cultural já ali foramn efectuados trabalhos de prospeção em 1998 e 1999 no quadro de um protocolo entre o IPA e a empresa Transgás coordenado pelo arqueólogo Nelson António Carvalho Almeida.
A equipa
A equipa conta com investigadores do Instituto de Estudos Medievais: Tiago Pereira, Tiago Ramos, Sílvia Casimiro e também com arqueólogos de outras instituições, Fabián Cuesta-Gómez (Universidade de Salamanca), Carlos Duarte Simões (Universidade da Cantábria) e Martina Monteiro (Universidade Nova de Lisboa). A formação de base de todos os investigadores é a História e a Arqueologia havendo também especialistas nas áreas de Antropologia, Zooarqueologia, Arqueometalurgia e Geoarqueologia.
O plano de trabalhos previsto foi já aprovado pela Direção Geral do Património Cultural e assenta na conjugação de quatro tarefas fundamentais: a prospeção arqueológica; a análise espacial com Sistemas de Informação Geográfica; a escavação arqueológica e o estudo da componente arte factual. 
Forte colaboração da Secção de Arqueologia
Os trabalhos serão levados a cabo pela equipa de investigação contando com uma forte colaboração dos Técnicos da Secção de Arqueologia da Câmara Municipal de Castelo de Vide e prevendo ainda a formação de alunos universitários de Arqueologia. 
O projeto conta ainda com a consultadoria científica de Catarina Tente (Instituto de Estudos Medievais) e de Iñaki Martín Viso (Universidade de Salamanca). A vasta experiência de ambos investigadores em contextos análogos ao que se pretende trabalhar em Castelo de Vide constituirá uma mais-valia não só para o desenvolvimento dos trabalhos mas ainda na leitura dos dados obtidos neste território a uma escala mais abrangente, contribuindo este projeto para resolver as problemáticas que rodeiam o período alto-medieval a nível peninsular.
Ainda que com uma forte componente de investigação científica, este projeto pretende insistir também no retorno social imediato, dando a conhecer os trabalhos desenvolvidos e os resultados obtidos através de exposições, visitas, palestras e outras iniciativas que contribuam para o melhor conhecimento e valorização do património arqueológico de Castelo de Vide pelos seus habitantes e visitantes. © NCV (com GCP)

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